Eu adoro praia! Mas podia ainda gostar mais, se me deixassem...
Acho que, ao contrário do que muita gente pensa (ou melhor, faz!), é um espaço público e que, portanto, deve ser tratado com respeito.
Já nem falo das senhoras e senhores que usam fatiotas diminutas, ou que levam as pinças para o areal. É medonho, mas é fechar os olhos que desaparece, e não deixa vestígios. Já nem falo das famílias que levam os tachos e falam para os outros como se estivessem a quilómetros de distância. Já nem falo dos raqueteiros que jogam mesmo em cima das toalhas e que nos atiram bolas à tola.
Este sábado vejo uma mãe jovem, na casa dos trinta e poucos (se fosse mais velha poderia desculpá-la com algum tipo de demência) a cortar as unhas dos pés na sua bela toalhinha. Não contente com isso, puxa a perna da filha pré-escolar, a batucar nos baldes de areia com a pá, qual criança feliz, e toca de lhe cortar as unhas dos pés também. Só lhe faltou cortar as unhas dos pés do marido, que esteve o tempo todo sentado na cadeirinha patrocinada a remexer na areia com cara de parvo (imagino-lhe os pensamentos e, talvez, o arrependimento: "fui casar-me com uma pedicure maníaca..."). Não faço ideia do período de reciclagem dos nobres dejectos, mas que são biodesagradáveis não há dúvida. É que nem com o meu olhar de censura a tipa se tocou. Fadas!!!
Mas o pior... o pior são aquelas pessoas que pertencem ao tipo de fumador, infelizmente parece-me que, maioriário. Aquelas criaturas tão egoístas e tão imundas que não têm pudor nenhum de fumar na praia e atirar as beatas para a areia, e mesmo à beira mar (salvo MUITO RARAS excepções que, ou não fumam, ou levam um cinzeirinho daqueles em forma de corneto ou o diabo a quatro). A sério... Ultrapassa-me! Acho que as praias deviam ser interditas a pessoas deste tipo. Ou como coima apagar todos os cigarros fumados na praia assim... mesmo no meio da testa. Podia ser que o bindi lhes lembrasse de alguma coisa. É que eu fecho os olhos, tento abstrair-me, mas sei que tenho beatas debaixo da toalha; sei que irei pisar mais não sei quantas até chegar ao mar; sei que os putos levam algumas à boca quando brincam com a areia.
Falar com as pessoas? Mesmo que delicadamente? Ficava sem voz nos primeiros minutos de praia, e desconfio que seria atirada ao mar, lá bem longe, sem bóia nem terra à vista.
Milhões de vezes a brigada da perna escancarada a espremer o pêlo encravado. Ou até a pedicure maníaca!!!
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